TREINAMENTO RESISTIDO E EFEITO HIPOTENSOR PÓS ESFORÇO
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OVERREACHING E OVERTRAINING
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Olá pessoal, espero que todos estejam bem! Hoje estou iniciando mais uma rodada do quadro “Acertando os Conceitos”. Todas as quintas feiras às 15 horas, faço um post para explicar um CONCEITO da área da fisiologia do exercício e do treinamento. Meu objetivo com esse quadro é disponibilizar para todos os meus seguidores uma espécie de glossário para uma consulta rápida. Muitas vezes, quando estamos trabalhando ou estudando, podem surgir dúvidas sobre diversos conceitos. Com esse glossário, você poderá consultar os conceitos aqui descritos quantas vezes você quiser! Então continue acompanhando o Viajando pela Fisiologia.

Na última quinta feira, conceituei os TIPOS DE ADAPTAÇÕES CRÔNICAS. Vimos que podem ocorrer dois tipos de adaptações crônicas: positivas e negativas. Lembre se que as ADAPTAÇÕES CRÔNICAS POSITIVAS estão associadas às alterações morfofuncionais que SÃO BENÉFICAS para melhora dos indicadores de saúde, de condicionamento físico ou de performance. Por outro lado, as ADAPTAÇÕES CRÔNICAS NEGATIVAS estão associadas às alterações morfofuncionais que NÃO SÃO BENÉFICAS para a saúde, o condicionamento físico ou a performance.

Mas por que as adaptações crônicas podem ser negativas? Pela combinação de vários fatores! É isso mesmo, são múltiplos fatores que modulam a resposta das adaptações crônicas. Os principais fatores são: genética, saúde, nível de estresse, dose de esforço relacionado ao treinamento, tempo de descanso entre sessões de treino e os aspectos nutricionais. Portanto a combinação entre esses fatores MODULAM (DIRECIONAM) a resposta crônica para o lado positivo ou negativo.

Deixe me dar um exemplo. Imagine uma pessoa com excesso de peso e iniciante em programa de exercício com objetivo de emagrecimento. Considere ainda, que a prescrição do exercício foi adequadamente organizada para o nível de aptidão física desse aluno, porém com tempo de repouso muito curto entre as sessões de exercício. Geralmente, as pessoas nessa situação, “resolvem” alterar por conta própria o padrão alimentar, diminuindo a ingestão calórica total para valores restritivos sem a correta adequação de macronutrientes!

Nessa situação, você tem a interação de 3 fatores (dose de esforço, tempo de recuperação e nutrição), sendo que 1 fator está adequado (dose de esforço) e 2 fatores estão inadequados (tempo de repouso entre as sessões de exercício e a nutrição). Para as adaptações crônicas caminharem para o lado positivo, a interação entre esses 3 fatores (dose de esforço, tempo de recuperação entre sessões de exercício e nutrição) devem ser adequadas. Como existem 2 fatores inadequados (tempo de repouso curto entre as sessões de exercício e a nutrição restrita), as adaptações podem transitar para o lado negativo! Já reparou que muitos iniciantes em programa de exercício fazem isso? Já reparou que muitos iniciantes treinam por 15-20 dias e, de repente “somem” da academia por 7-10 dias e após esse período retornam com um discurso similar a esse: “professor (a), fiquei doente alguns dias”? Esse fenômeno ocorre em função das adaptações crônicas terem transitado para o lado negativo que “piorou” a condição física do aluno por alguns dias e, quando isso acontece, a FISIOLOGIA APRESENTA VÁRIOS SINAIS FISIOLÓGICOS!!!! E, acredite, são vários mesmo!!! Já ouvi falar em OVERREACHING e OVERTRAINING? São dois exemplos de adaptação crônica negativa.

Então fique atento ao Viajando pela Fisiologia que na próxima semana vou conceituar overreaching e overtraining.

 

Espero que você tenha gostado desse conteúdo! Por favor, me ajude a divulgar o Viajando pela Fisiologia, compartilhando essa informação com seus amigos e amigas.

 

Grande abraço a todos e ótima semana!

Professor Fabio Ceschini

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