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Olá meus amigos e amigas, mais uma semana iniciando e, como de costume, toda segunda feira às 15 horas, faço um post apresentando e comentando um artigo científico da área da fisiologia e do treinamento. E, como todos sabem, JUNHO é o mês do IDOSO no VIAJANDO PELA FISIOLOGIA. Nessa última segunda feira, gostaria de comentar um artigo falando sobre a questão do TREINAMENTO HIIT aplicado aos IDOSOS. Como venho recebendo em meu email ([email protected]) muitas perguntas sobre o tema, resolvi colocar aqui o artigo publicado recentemente por Hwang e colaboradores publicado no Experimental Gerontology em 2016,

Como vimos no Viajando pela Fisiologia ao longo do mês, diversas alterações morfofuncionais ocorrem com o aumento da idade e, duas das principais alterações são: redução da capacidade aeróbica e redução da função cardíaca, mais especificamente diminuição da fração de ejeção cardíaca. Essas duas alterações, aumentam consideravelmente o risco de morbidades e mortalidade por doenças cardiometabólicas. Aqui, vale a pena lembrar, que essas duas alterações observadas com o aumento da idade são potencializadas a partir do momento que os IDOSOS não pratiquem regularmente exercícios físicos.

 

O estudo de Hwang e colaboradores (2016), teve como objetivo comparar o efeito do Treino HIIT e do Treino Aeróbico Moderado Contínuo na melhora da capacidade aeróbica, da função cardíaca e nos fatores de risco metabólicos em idosas sedentárias. Foram avaliadas 31 mulheres idosas, com idade entre 55 e 79 anos, Sedentárias, não fumantes e sem diagnóstico de doenças cardiovasculares, renais ou metabólicas.

As idosas foram divididas em 3 GRUPOS:

– GRUPO TREINAMENTO HIIT: protocolo composto por 4 sessões semanais na BIKE, sendo 4 séries de 4 minutos a 85-95% da Frequência Cardíaca de Pico com 3 minutos de recuperação ativa a 65-70% da Frequência Cardíaca de Pico durante 8 semanas.

– GRUPO TREINAMENTO AERÓBICO CONTÍNUO MODERADO: protocolo composto por 4 sessões semanais na BIKE de 32 minutos, com 65-75% da Frequência Cardíaca de Pico durante 8 semanas.

– GRUPO CONTROLE: não praticou exercício físico por 8 semanas;

Após 8 semanas de treinamento, os pesquisadores encontraram os seguintes resultados:

  • Em 8 semanas, não houve nenhum relato de que o Treino HIIT não pode ser tolerável ou que levou a efeitos indesejáveis;
  • Aumento significativo de 11,2% no VO2 máximo (ml.Kg.min) somente no grupo HIIT;
  • Aumento significativo de 4,0% na Fração de Ejeção Cardíaca somente no grupo HIIT;
  • Redução significativa do índice HOMA somente no grupo HIIT;
  • O gasto calórico entre os Grupos foi SIMILAR (HIIT: 224 e Aeróbico Contínuo Moderado: 234 Kcal por sessão);

 

Diante desses resultados, os autores concluíram que o treinamento HIIT, além de seguro e tolerável pelas IDOSAS, foi mais efetivo nas mudanças cardiometabólicas do que o treinamento aeróbico moderado contínuo.

Agora, atente para dois pontos fundamentais: A) as mulheres IDOSAS NÃO tinham diagnóstico de doenças cardiovasculares ou metabólicas e, nenhuma contra indicação para a prática de modelos de exercício de intensidade elevada. Todas as avaliadas passaram por avaliação médica ANTES de iniciar o protocolo HIIT; B) O impacto do treinamento aeróbico moderado contínuo NÃO promoveu melhoras significativas nos indicadores cardiometabólicos em 8 semanas. Isso não significa que esse modelo de treino foi ruim, muito provavelmente, o tempo de experimento foi curto (8 semanas) para desencadear melhoras significativas nos indicadores cardiometabólicos.

Você tem utilizado o TREINAMENTO HIIT em seus alunos idosos? Deixe seu comentário contando sua experiência. Deixe um comentário falando das suas dificuldades! Estamos aqui para te ajudar! Grande abraço a todos e ótima semana!

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