Treinamento Resistido Sem Restrição Calórica Auxilia no Emagrecimento?
01/05/2017
TREINAMENTO RESISTIDO E EFEITO HIPOTENSOR PÓS ESFORÇO
08/05/2017
Exibir tudo

Olá pessoal, espero que todos estejam bem! Hoje estou iniciando mais uma rodada do quadro “Acertando os Conceitos”. Todas as quintas feiras às 15 horas, faço um post para explicar um CONCEITO da área da fisiologia do exercício e do treinamento. Meu objetivo com esse quadro é disponibilizar para todos os meus seguidores uma espécie de glossário para uma consulta rápida. Muitas vezes, quando estamos trabalhando ou estudando, podem surgir dúvidas sobre diversos conceitos. Com esse glossário, você poderá consultar os conceitos aqui descritos quantas vezes você quiser! Então continue acompanhando o Viajando pela Fisiologia.

Na última quinta feira, fiz um breve post comentando os TIPOS DE ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS. E, vimos que as adaptações fisiológicas podem ocorrer de três formas:

1) Adaptações Agudas;

2) Adaptações Subagudas;

3) Adaptações Crônicas.

Hoje, gostaria de conceituar os TIPOS DE ADAPTAÇÕES CRÔNICAS. É isso mesmo, existem dois tipos de adaptações crônicas que podem ocorrer ao longo das semanas, meses ou anos de prática regular de exercício:

1) ADAPTAÇÕES CRÔNICAS POSITIVAS: são as adaptações crônicas que estão associadas as alterações morfofuncionais que SÃO BENÉFICAS para as pessoas. Por exemplo, quando você participa regularmente de um programa de exercício, são esperados alterações positivas que promovem melhora dos indicadores de saúde, de condicionamento físico ou de performance.

2) ADAPTAÇÕES CRÔNICAS NEGATIVAS: são as adaptações crônicas que estão associadas as alterações morfofuncionais que NÃO SÃO BENÉFICAS para as pessoas. Por exemplo, quando você participa regularmente de um programa de exercício, não são esperados alterações negativas que promovem piora dos indicadores de saúde, de condicionamento físico ou de performance.

 

Assim, fica claro que ao participar de um programa de exercício regular, podem ocorrer esses dois tipos de adaptações crônicas, portanto, nem sempre os RESULTADOS esperados à longo prazo são positivos, mas em certa condições, podem ser negativos. Deixe me dar um exemplo: imagine que um de seus alunos comece um programa de treinamento resistido com objetivo de aumento da massa muscular e por consequência a força muscular. Com a prescrição adequada do treinamento resistido e uma orientação nutricional adequada, ao longo das semanas, espera se que ocorra o aumento da massa muscular e consequentemente da força muscular. Isso é um exemplo de uma ADAPTAÇÃO CRÔNICA POSITIVA, ou seja, ganhar massa e força muscular gera uma série de benefícios tanto, para a melhora dos indicadores de saúde, quanto para a melhora do condicionamento físico ou da performance em caso de atletas.

Agora imagine que após 8 meses de treinamento resistido com aumento significativo da massa e da força muscular visível, você detecte pela avaliação física que está ocorrendo o processo inverso, ou seja, a quantidade de massa muscular e o nível de força muscular começaram a diminuir! Isso poderia resultar em diminuição de indicadores de saúde, de condicionamento físico e também de performance! Isso é um exemplo de uma ADAPTAÇÃO CRÔNICA NEGATIVA, ou seja, a redução da massa e força muscular pode impactar negativamente a vida diária de seu aluno (a).

Se esse aluno (a) fosse uma pessoa idosa, as consequências seriam severas nas atividades da vida diária, pois idoso com baixo nível de força muscular, não tem AUTONOMIA FUNCIONAL para fazer suas atividades de forma satisfatória! Então a pergunta seria a seguinte: por que houve essa inversão no processo adaptativo? Por que as variáveis força e massa muscular estavam melhorando e, de repente, começaram a diminuir? O que poderia explicar esse fenômeno? E, acredite, esse fenômeno (inversão do processo adaptativo crônico) pode acontecer tanto em alunos iniciantes de academia quanto em atletas de alto rendimento! E sabe por que? Porque isso é uma característica da fisiologia humana e, portanto, vale para TODAS as pessoas, independentemente de qualquer outro fator!

Na próxima semana, vou te explicar os fatores que podem levar a essa inversão no processo adaptativo. Então, continue ligado no Viajando pela Fisiologia.

 

Espero que você tenha gostado desse conteúdo! Por favor, me ajude a divulgar o Viajando pela Fisiologia, compartilhando essa informação com seus amigos e amigas.

 

Grande abraço a todos e ótima semana!

Os comentários estão encerrados.