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Olá pessoal, espero que todos estejam bem! Hoje estou iniciando mais uma rodada do quadro “Acertando os Conceitos”. Todas as quintas feiras às 15 horas, faço um post para explicar um CONCEITO da área da fisiologia do exercício e do treinamento. Meu objetivo com esse quadro é disponibilizar para todos os meus seguidores uma espécie de glossário para uma consulta rápida. Muitas vezes, quando estamos trabalhando ou estudando, podem surgir dúvidas sobre diversos conceitos. Com esse glossário, você poderá consultar os conceitos aqui descritos quantas vezes você quiser! Então continue acompanhando o Viajando pela Fisiologia.

Na última quinta feira fiz um breve post comentando o conceito de ADAPTAÇÃO FISIOLÓGICA. “Adaptação fisiológica é uma capacidade funcional que permite a integração entre fatores genéticos e do meio ambiente, resultando em RESPOSTAS FISIOLÓGICAS previsíveis, segundo critérios pré definidos como o tipo de exercício e a DOSE DE ESFORÇO”.

Hoje, gostaria de conceituar os TIPOS DE ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS! Ao realizar um exercício com dose de esforço conhecida, você poderá prever as respostas fisiológicas que podem ocorrer e, essas RESPOSTAS FISIOLOGICAS, podem ocorrer de três formas:

  • RESPOSTAS AGUDAS ou ADAPTAÇÕES AGUDAS: são mudanças que ocorrem nos sistemas fisiológicos durante a execução do exercício. Vamos ver alguns exemplos. Durante o exercício, é esperado aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da ventilação pulmonar e da temperatura interna em comparação ao estado de repouso. Todas essas mudanças são exemplos de adaptações agudas. Interessantemente, o comportamento dessas variáveis é dependente do tipo de exercício e da dose de esforço.
  • RESPOSTAS SUBAGUDAS ou ADAPTAÇÕES SUBAGUDAS: são mudanças que ocorrem nos sistemas fisiológicos após o término da execução do exercício. Vamos ver um exemplo. Durante a execução do exercício (Adaptação Aguda), há o aumento do calor dentro músculo devido à contração muscular. Ao terminar o exercício, a temperatura interna do músculo não retorna imediatamente para o nível de repouso, mas a temperatura vem diminuindo gradativamente até encontrar o nível de repouso. Essa queda da temperatura interna entre o término do exercício até alcançar o valor de repouso é um exemplo de adaptação subaguda. Dependendo da variável fisiológica que você queira analisar, o tempo de adaptação subaguda pode durar minutos, horas ou dias. Toda vez que você fizer exercício, obrigatoriamente ocorreram várias adaptações agudas e subagudas, pois essas sempre caminham juntas.
  • RESPOSTAS CRÔNICAS ou ADAPTAÇÕES CRÔNICAS: são mudanças morfofuncionais que ocorrem nos sistemas fisiológicos à longo prazo, sendo dependente da somatória de todas as adaptações agudas e subagudas ao longo de um período de semanas, meses ou anos. Vamos ver alguns exemplos. Quando você faz exercício e ocorre aumento da força muscular, isso é uma ADAPTAÇÃO CRÔNICA no Sistema Neuromuscular. Nas primeiras 8 semanas de treinamento resistido, ocorre aumento da força muscular independentemente de ocorrer hipertrofia muscular em função da maior ativação elétrica nas fibras musculares durante o exercício. Agora, para isso ocorrer, você precisou treinar, ao menos 3 vezes na semana ao longo de algumas semanas! Portanto, após algumas semanas a força muscular aumenta! Para ter essa adaptação crônica, você precisou somar o efeito de todas as adaptações agudas e subagudas no sistema neuromuscular ao longo de algumas semanas que permitiu o aumento da força.

Assim, as mudanças fisiológicas que ocorreram tanto na parte funcional (frequência cardíaca, pressão arterial, débito cardíaco, ventilação pulmonar, estimulação elétrica no músculo, etc) ou na parte morfológica (estrutural: hipertrofia muscular, emagrecimento, angiogênese, etc) ao longo do tempo, é dependente da somatória de todas as adaptações agudas e subagudas somadas ao longo do tempo. Apenas para ficar claro: seria possível ter avanço significativo em hipertrofia muscular treinando apenas 1 vez por semana durante 6 meses? Provavelmente não, pois como hipertrofia muscular é uma adaptação crônica estrutural no músculo, a somatória de todas as adaptações agudas e subagudas nesse período seria muito pequena não desencadeando os mecanismos biomoleculares que resultariam em maior síntese proteica muscular. E se o treinamento fosse realizado 4 vezes por semana durante os 6 meses? A somatória das adaptações agudas e subagudas seria bem maior, desencadeando os mecanismos biomoleculares que resultariam em maior síntese proteica muscular gerando hipertrofia.

Então agora você entendeu!!! Para gerar adaptações crônicas, a maior periodicidade da prática de exercício é fundamental!!! Por isso que para você ter hipertrofia ou emagrecer (adaptações crônicas) é necessário treinar vários dias por semana!!!

Na próxima semana, irei apresentar os TIPOS DE ADAPTAÇÕES CRÔNICAS!

 

Espero que você tenha gostado desse conteúdo! Por favor, me ajude a divulgar esse conteúdo, compartilhando essa informação com seus amigos e amigas.

 

Grande abraço a todos e ótima semana!

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